Nosso modelo educacional é estruturado em conceitos reconhecidos de diversas áreas do conhecimento: educação, neurociência, psicologia positiva, inteligência emocional, coaching e Programação Neurolinguística (PNL).
NEUROCIÊNCIA
A neurociência se estabeleceu como campo científico autônomo na década de 1970, apesar do fascínio do ser humano pelo cérebro remeter ao Egito Antigo. No Brasil, os estudos ganharam impulso nas décadas de 1940 e 1950, com pesquisas na UFRJ, UFMG e USP.
A neurociência contribuiu muito para a educação graças às últimas descobertas sobre a neuroplasticidade, que influencia diretamente no processo de ensino e aprendizagem. O termo se refere à capacidade do sistema nervoso de se adaptar e se moldar às adversidades do meio, criando novas conexões entre neurônios durante toda a vida.
Funções ligadas ao aprendizado:
Memória de trabalho: capacidade de reter e acessar informações em curtos períodos. É desenvolvida a partir de experiências com uma sequência de ações.
Controle inibitório: capacidade de resistir a impulsos e distrações para manter a concentração.
Flexibilidade cognitiva: capacidade de reorganizar pensamentos e procedimentos para se adequar a diferentes contextos.
O Programa Escola Sem Fronteiras trabalha os conceitos de aprendizagem e neuroplasticidade do cérebro.
Fonte: PUCPR
PSICOLOGIA POSITIVA
Teve início em 1970, com o psicólogo e PhD Martin Seligman, considerado o precursor dessa vertente. Para Seligman, “a felicidade é algo essencial e, como tal, ela deve ser cultivada todos os dias por meio das forças e virtudes, e de ideias e atitudes de: otimismo, gentileza e bom-humor”.
A Psicologia Positiva tem como fundamento “intensificar as virtudes e fortalezas humanas, experienciando, realinhando e ressignificando memórias negativas num novo contexto, em que o caminho trilhado é o da felicidade”.
Após uma longa pesquisa de culturas milenares conhecidas, Seligman elaborou uma lista conhecida como 6 Virtudes do Caráter: sabedoria e conhecimento, coragem, humanidade, justiça, temperança e transcendência, com três a cinco subdivisões (por exemplo: temperança inclui perdão, humildade, prudência e autorregulação). Não existe uma hierarquia entre estas seis virtudes.
Em conexão com esse conceito, a especialista em personalidade, psicologia social e psicologia do desenvolvimento, Carol S. Dweck (2017), defende que o sucesso não se deve somente ao desenvolvimento de um talento ou habilidade especial, mas, principalmente como encaramos e levamos a vida.
A abordagem apresenta dois tipos de mindset (atitude ou configuração mental):
mindset fixo: acredita que as habilidades e a inteligência são imutáveis
mindset de crescimento: acredita que os obstáculos e as limitações são oportunidade de superação e aprendizado
Estudos recentes mostram que, quando nos sentimos felizes, seguros e confiantes, isso se reflete positivamente na vida escolar e, futuramente, na vida profissional.
Fonte: IBC
PNL
A Programação Neurolinguística (PNL) foi desenvolvida na década de 1970, na Universidade da Santa Cruz, na Califórnia, pelos americanos John Grinder e Richard Bandler, e estuda como a linguagem e as emoções afetam as ações.
Pressupostos da PNL:
O Mapa não é o território
Todo comportamento possui uma intenção positiva
Todo comportamento é útil em algum contexto
O significado da comunicação é a resposta que você obtém
Corpo e mente são partes do mesmo sistema
Se uma pessoa pode fazer algo, todos podem aprender a fazê-lo
Já temos todos os recursos que precisamos ou então podemos criá-los
Benefícios da PNL:
Mudança de pensamentos e comportamentos
Eliminação de crenças sabotadoras
Mudança na linguagem e forma de expressão
Melhoria efetiva na comunicação
Aceleração dos processos de aprendizagem
Melhoria na capacidade de persuadir
O programa trabalha os conceitos de estados emocionais, valores, sistemas representacionais, metaprogramas e rapport. O desenvolvimento dessas habilidades são úteis para comunicação, negociação, relacionamentos, persuasão, oratória ou em qualquer atividade.
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS
Na década de 1980, Howard Gardner, psicólogo e professor da Universidade de Harvard, escreveu sobre a existência de diferentes categorias de inteligências, vinculadas à capacidade de resolver problemas:
lógico-matemática: capacidade de realizar operações numéricas e de fazer deduções.
lingüística: habilidade de aprender idiomas e de usar a fala e a escrita para atingir objetivos.
espacial: disposição para reconhecer e manipular situações que envolvam apreensões visuais.
físico-cinestésica: potencial para usar o corpo com o fim de resolver problemas ou fabricar produtos.
interpessoal: capacidade de entender as intenções e os desejos dos outros e conseqüentemente de se relacionar bem em sociedade.
intrapessoal: inclinação para se conhecer e usar o entendimento de si mesmo para alcançar certos fins.
musical: aptidão para tocar, apreciar e compor padrões musicais.
natural: capacidade de reconhecer e classificar espécies da natureza
existencial: habilidade de refletir sobre questões fundamentais da vida humana
O programa trabalha os conceitos de talentos diferenciados para atividades específicas e o reconhecimento e valorização das emoções para aumentar a eficácia nas decisões e no comportamento.
Fonte: NOVA ESCOLA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
Segundo Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, inteligência emocional pode ser definida como habilidade de reconhecer os próprios sentimentos, de demonstrar empatia e de gerenciar as próprias emoções (GOLEMAN, 1995).
5 Pilares da Inteligência Emocional:
autoconhecimento emocional: reconhecer as nossas próprias emoções e sentimentos.
controle emocional: lidar com nossos próprios sentimentos, e ter consciência das emoções que nos bloqueiam.
automotivação: dirigir as nossas emoções a um objetivo ou realização pessoal.
habilidade com relacionamentos interpessoais: interagir com os outros através da competência social.
reconhecimento das emoções em outras pessoas: reconhecer e ter empatia pelas emoções do outro.
Pessoas emocionalmente inteligentes, reconhecem e lidam bem com os próprios sentimentos, entendem e consideram os sentimentos dos outros.
O programa está alinhado a estes 5 Pilares da Inteligência Emocional.
Fonte: PSICANÁLISE CLÍNICA
APRENDIZAGEM SOCIOEMOCIONAL
Pesquisadores da Colaborative for Academic, Social and Emotional Learning (CASEL, 2021), definem Aprendizagem Socioemocional (ASE) como:
“Parte integrante da educação e do desenvolvimento humano. ASE é o processo através do qual todos os jovens e adultos adquirem e aplicam os conhecimentos, habilidades e atitudes para desenvolver identidades saudáveis, gerenciar emoções e alcançar objetivos pessoais e coletivos, sentir e mostrar empatia pelos outros, estabelecer e manter relacionamentos de apoio, e fazer decisões responsáveis e cuidadosas”.
Por muitos anos, pensou-se que as habilidades sociais e emocionais constituíam traços inatos da personalidade dos seres humanos. Estudos recentes mostram que estas habilidades podem ser aprendidas ou desenvolvidas por meio das práticas sociais (CERICATO, 2019).
Desde a década de 1990, um número considerável de instituições de ensino, em diversas partes do mundo, vêm aplicando a ASE com sucesso. Nos Estados Unidos, por exemplo, as habilidades socioemocionais são um requisito curricular em vários estados e distritos, inclusive, exigindo o mesmo nível de domínio em matemática e linguagem.
Competências Socioemocionais:
autoconhecimento: capacidade para compreender as próprias emoções, pensamentos e valores e como eles influenciam o comportamento em diferentes contextos. Isso inclui a capacidade de reconhecer os próprios pontos fortes e limitações com um senso de confiança e propósito bem fundamentado.
autorregulação: capacidade para gerenciar emoções, pensamentos e comportamentos de forma eficaz, em diferentes situações e para atingir objetivos e aspirações. Isso inclui a capacidade de adiar recompensas, administrar o estresse e sentir motivação para realizar objetivos pessoais e coletivos.
tomada de decisão responsável: capacidade de fazer escolhas conscientes e construtivas sobre o comportamento pessoal e as interações sociais em diversas situações. Isso inclui a capacidade de levar em consideração padrões éticos e questões de segurança, e de avaliar os benefícios e consequências de várias ações para o bem-estar pessoal, social e coletivo.
consciência social: capacidade para compreender as perspectivas e sentir empatia pelos outros, incluindo aqueles de diferentes origens, culturas e contextos. Isso inclui a capacidade de sentir compaixão pelos outros, compreender as normas sociais mais amplas de comportamento em diferentes ambientes e reconhecer os recursos e apoios da família, da escola e da comunidade.
habilidades de relacionamento: capacidade para estabelecer e manter relacionamentos saudáveis e de apoio e transitar de forma eficaz em ambientes com diversos indivíduos e grupos. Isso inclui a capacidade de se comunicar claramente, ouvir ativamente, cooperar, trabalhar colaborativamente para resolver problemas e negociar conflitos de forma construtiva. Adaptar-se a ambientes com diferentes demandas e oportunidades sociais e culturais, prover liderança e buscar ou oferecer ajuda quando necessário.
Fonte: CASEL
COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define competência como a "capacidade de mobilizar conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores, para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho".
O estudo "Competências para o Progresso Social – O poder das Competências Socioemocionais" realizado pela OCDE, verificou que, adultos com as CSE mais desenvolvidas tendem a ser mais bem-sucedidos: eles têm mais chances de concluir o Ensino Superior, escapar do subemprego e receber um bom salário.
Nossos programas são embasados nas seguintes Competências Gerais da BNCC:
Competência Geral 6 – Trabalho e Projeto de Vida:
Entender o mundo e apropriar-se de conhecimentos e experiências; entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida com liberdade, autonomia e responsabilidade.
Competência Geral 8 – Autoconhecimento e Autocuidado:
Conhecer-se, compreender-se na diversidade humana; cuidar da saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
Competência Geral 9 – Empatia e Cooperação:
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação; fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e ao direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza.
Competência Geral 10 – Responsabilidade e Cidadania:
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação; tomar decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Fonte: INST. AYRTON SENNA
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